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ROTAS DE POLICHINELO
(català) (español)
(français)
(english) Projecto actual de pesquisa
Trazos resumidos del proyecto Traços resumidos do projecto Projecto de pesquisa que culminará com um libro publicado em vários idiomas (castelhano, catalão, basco e português já confirmados) e com uma exposição sobre o mesmo tema e titulo, organizada pelo TOPIC de Tolosa. Conteúdo: pesquisa sobre as diferentes tradições das marionetas populares. O passado e o presente cruzam-se numa visão transversal, que relaciona cada tradição com a sua cidade. Processo de elaboração do trabalho: viagem às cidades escolhidas; estudo no local; representação do espectáculo “A Manos Llenas”; preparação da exposição final Cidades: Lyon, Paris, Londres, Copenhaga, Berlim, Moscovo, Praga, Budapeste, Bucareste, Viena, Atenas, Istambul, Teerão, Beirute, Damasco, Cairo, Marraquexe, Nápoles, Palermo, Veneza, Madrid e Lisboa.
A linguagem dos fantoches da família Pulcinella como denominador comum do teatro popular europeu de marionetas; O que os separa, une: os elementos de síntese, a farsa, o humor, o ritmo, as personagens, o retábulo: características comuns de tradições distintas, mas intimamente aparentadas. Uma linguagem comum entre países, sociedades, línguas e religiões diferentes. Punch (Inglaterra), Polichinela (Espanha), Don Roberto (Portugal), Guignol (Lyon, França), Polichinelle (França), Pulcinella (Itália), Kasperl (Alemanha), Mester Jakel (Dinamarca), Kasparek (República Checa), Vitez Laszló (Hungria), Petrushka (Rússia), Vasilache (Roménia), Karagosis (Grécia), Karakoz (Turquia), Aragosi (Egipto), Titella (Catalunha), Don Cristóbal Polichinela (Espanha)… personagens “nacionais”, mas todos aparentados com Pulcinella. Falam a mesma linguagem. As cidades como espaços para o encontro, o cruzamento e o conhecimento das tradições populares do teatro de marionetas. A publicação do livro culmina com uma exposição feita em colaboração com TOPIC, (Centro Internacional do Títere de Tolosa), intitulada “Rotas de Polichinelo” sobre “Marionetas e Cidades da Europa” que será apresentada nas cidades onde o livro seja editado no idioma local (exposição de fotografias, cartazes, marionetas, vídeo e curtos textos).
Toni Rumbau, marionetista fundador da companhia “La Fanfarra” (1976) e do Teatro Malic (1984-2002), pretende transportar para este projecto todo o seu conhecimento prático e teórico, mas também o das viagens e das centenas de festivais em que participou durante a sua longa carreira artística. Um livro que, sob o tema o que separa, une, remata a sua trajectória de marionetista e de homem de teatro, e que transcende a simples temática das marionetas para apresentar-se como uma reflexão mais geral sobre a Europa e o “espírito de Polichinelo” que, segundo o autor, se encontra nos interiores populares das cidades, começando nas mediterrânicas, mas que se estendem geograficamente através da ampla difusão da máscara napolitana. Um projecto ambicioso e complexo que exige uma apertada agenda de viagens e estudos por vários países do leste europeu e da orbita mediterrânica. Deve referir-se que Toni Rumbau desenvolveu durante a sua longa carreira uma reflexão sobre as marionetas e a profissão (ofício) de marionetista que avançou em paralelo com os seus espectáculos. Algumas das suas obras reflectem esta atenção, como “o Duplo e a Sombra” (uma conferência-espectáculo estreada no festival Grec’1999) ou a ópera “Eurídice e as marionetas de Caronte”, com música de Joan Albert Amargós (estreada no festival Grec’2001). Parte das suas viagens, como as efectuadas em várias ocasiões à Turquia, Líbano, Egipto, Síria e Albânia, já tinham como motivação esta procura, de índole reflexiva, sobre a arte e a geografia das marionetas. Do mesmo modo, a criação, em 2002, da rede de Sombras e Marionetas do Mediterrâneo”, com vários marionetistas e festivais da Turquia Líbano, Tunísia, França e Catalunha, já estava dirigida para o mesmo objectivo. No ano de 2007 publicou o seu livro “Malic, a Aventura dos Títeres” (Arola Editores – a versão em castelhano foi publicada em 2009) que constitui, de facto, uma autobiografia artística, na qual a reflexão sobre as marionetas se combina com uma visão pessoal sobre o devir do tempo e as mudanças sociais e políticas dos últimos quarenta anos. O consenso e o êxito alcançados por este livro impulsionaram Toni Rumbau a prosseguir por esta via da reflexão teórica e pessoal, com um projecto complexo e multiforme que remata, como já referido, a sua dedicação ao mundo das marionetas. “Rotas de Polichinelo” será um livro de viagens e de estudo sobre marionetas, de culturas do mundo e de reflexão sobre a abertura ao outro, de cidades e de tradições vivas, de linguagens populares que juntam e reivindicam tanto o global como o local.
- O teatro popular de marionetas, inspirado no modelo de Polichinelo, presente em todas as culturas europeias, embora com nomes e formas distintas, mas partilhando sempre características comuns, como a linguagem cénica. As cidades e as suas marionetas próprias, características. - Uma Europa das cidades aberta com valentia às culturas que desde a sua periferia a questionaram e, ao mesmo tempo, ajudaram a construir-se num íntimo, fecundo e às vezes dramático, diálogo. - Europa e Mediterrâneo como matriz e exemplo da pluralidade complexa das suas cidades e culturas. A importância tanto das suas diferenças como dos seus espaços comuns. O local e o global. - A prática das marionetas no dia-a-dia das cidades. Os marionetistas no passado e no presente. - O teatro de marionetas como uma disciplina de desdobramento aberta ao outro. Sobre estes eixos temáticos, a pesquisa cruzará as diferentes paisagens urbanas e culturais ligando aqueles aspectos relacionados com as marionetas, numa viagem que irá do passado ao presente, sem deixar de visitar a micro história de alguns episódios mais significativos que nos interessa destacar. O livro “Rotas de Polichinelo” será escrito em catalão e em castelhano (ambas as versões publicadas por Arola Editores) e está confirmada a sua futura tradução e publicação em português, a cargo do Museu da Marioneta de Lisboa. Também se está estudando a co-edição da obra noutras línguas, como em turco (Cengiz Ozek, de Istambul, mostrou interesse), em árabe (Karim Dakroub, de Beirute, manifestou igualmente o desejo de colaborar), assim como em inglês, francês e italiano.
Colaboram:
Editoral
Arola (coedição em catalão e castelhano) |